Audição
do Recém Nascido
Ouvir é fundamental para o adequado desenvolvimento
da linguagem. A audição se inicia após o 5º mês de gestação e se desenvolve
intensamente durante os primeiros meses após o nascimento. Assim, todo e
qualquer problema auditivo deve ser detectado o mais precocemente possível para
que seja devidamente tratado.
Quando o tratamento dos transtornos da audição
começa antes dos 6 meses de idade o bebê tem uma grande chance de ter um
desenvolvimento global muito próximo do normal. Após os 6 meses as alterações
de audição geram problemas definitivos para a criança.
Aproximadamente 1 em cada 1000 bebês nascidos nos
Estados Unidos tem perda severa de audição em ambos os ouvidos. Outros 5 em
cada 1000 nascem com perda moderada de audição. Na maior parte das vezes, essas
crianças não são diagnosticadas como tendo essa perda de audição até que tenham
3 anos de idade em média.
Até mesmo uma perda de audição leve precoce pode
afetar a fala, o desenvolvimento da linguagem e também o desenvolvimento
social. Por causa disso, muitos pesquisadores acreditam que todas as crianças
deveriam passar por uma triagem ao nascimento para afastar uma possível perda
de audição. Essencialmente todos concordam que a triagem universal das crianças
é uma boa ideia.
O teste para essa triagem deve ser preciso, fácil
de realizar, barato, não invasivo, e amplamente disponível. Existem dois testes
geralmente utilizados para triagem: as Emissões de Oto-Acústicas Evocadas
(EOAE) e a Resposta Cerebral Auditiva Automatizada (ABR Automatizado). O teste
deverá ser realizado a partir do nascimento, preferencialmente nos primeiros 3
meses de vida do bebê, para que se possa detectar perdas precoces.
O teste, realizado por fonoaudiólogos, é indolor,
acontece com o bebê dormindo (sono natural), não exige nenhum tipo de intervenção
invasiva e é absolutamente inócuo.
Geralmente os pais são as primeiras pessoas a
identificarem a possibilidade de uma perda auditiva na criança, mesmo com a
realização de frequentes consultas de rotina ao pediatra.
São bebês com risco de perda auditiva aqueles: com
uma história familiar de perda de audição na infância por causa hereditária;
que têm malformações da cabeça; nascidos com certas infecções intra-uterinas;
que tiveram meningite; com peso de nascimento abaixo de 1.500 gramas; que
necessitaram de ventilação mecânica ao nascimento por cinco dias ou mais; que
tenham tido icterícia severa o bastante para requerer transfusão; que tenham
recebido medicamentos que sabidamente têm a perda de audição como um possível
efeito colateral; aqueles cujos pais ou responsáveis tenham preocupações sobre
perda de audição, ou qualquer tipo de atraso de desenvolvimento, inclusive de
fala ou linguagem.
Orientações sobre o desenvolvimento auditivo da
criança
Até os 3 meses: Acorda e se assusta ao ouvir
barulhos intensos ou repentinos como uma batida de porta ou gritos. Acalma-se
ao ouvir a voz da mãe.
De 3 aos 6 meses: Olha e movimenta a cabeça
procurando a origem dos sons. Presta atenção nos pequenos barulhos. Reconhece a
voz materna e emite sons sem significado (balbucia).
De 6 meses a 1 ano: Localiza prontamente a fonte
dos sons de seu interesse virando a cabeça em sua direção. Intensifica o
balbucio brincando com a voz e repetindo suas emissões (dá-dá-dá, por exemplo).
De 1 a 2 anos: Aponta e procura objetos e pessoas
familiares quando solicitado. Compreende ordens verbais simples (dá tchau, joga
beijo, cadê o pé, pega a bola, não etc). Emite as primeiras palavras (mamãe,
papai, tchau etc).
De 2 a 4 anos: Aumenta bastante o vocabulário e a
complexidade das palavras. Usa sentenças simples combinando 2 ou 3 palavras (dá
bola, qué água, etc). Assiste TV em volume normal.
Após os 4 anos: Fala corretamente sem trocar as
letras e manifesta interesse por escola.
REFERÊNCIAS
CAMPOS JÚNIOR, Dioclécio; LOPEZ, Fabio Ancona.
(Org.). Tratado de pediatria. Barueri, SP: Manole, 2007.
NOGUEIRA, Marcos Roberto. Orientações sobre
o desenvolvimento auditivo da criança. Disponível em:
http://www.marcosnogueira.med.br/pdf/Gerais/og_auditivo.pdf. Acesso em: 05 fev.
2012.
OLIVEIRA FILHO, Ércio Amaro de. Audição de
recém-nascido. Disponível em:
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?43&-audicao-de-recem-nascido.
Acesso em: 05 fev. 2012.
[1] Acadêmica
do 7º período da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Tocantins.
E-mail: paulalegria@mail.uft.edu.br.
ola eu tenho uma bebe ela fez ontem todos osteste da orelhinha mas a medica me disse que ela teve uma perda auditiva mas eucomo mae estou vendo que isso nao e possivel pois ela esta com tres messes e respode os meus chamado o que devo fazer
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